
Denúncia aponta situação crítica no CETAS de Seropédica e leva ALERJ a cobrar providências
- abr 13, 2025
Após denúncia da OAB/Barra, o deputado Marcelo Dino (União), presidente da Comissão de Proteção e Defesa dos Animais da ALERJ, solicitou explicações ao IBAMA e à direção do Centro de Triagem
A possível crise no Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS) de Seropédica, na Baixada Fluminense, veio à tona após denúncia formal da Comissão de Proteção Animal da OAB/Barra, presidida pela advogada Jomara Knoff. As informações relatadas — que envolvem superlotação, risco sanitário, ausência de licença do Corpo de Bombeiros e condições estruturais precárias — motivaram uma resposta da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ), por meio da Comissão de Proteção e Defesa dos Animais, presidida pelo deputado estadual Marcelo Dino (União).
Segundo o material encaminhado à ALERJ, o CETAS estaria atualmente abrigando mais de mil animais silvestres, o que ultrapassaria sua capacidade física e técnica. Um dos casos mencionados diz respeito a um aumento expressivo no número de macacos-prego, que teria subido de 40 indivíduos em 2024 para mais de 60 neste ano, com espaço médio de apenas 1,8m² por animal.
Diante do conteúdo da denúncia, o deputado Marcelo Dino encaminhou ofícios ao superintendente do IBAMA no Rio, Rogério Rocco, e ao presidente do CETAS, André Oliveira, solicitando informações detalhadas e atualizadas sobre a situação da unidade, bem como a adoção de medidas emergenciais, caso os fatos sejam confirmados. Também foi solicitado um esclarecimento sobre o antigo acordo de transferência do CETAS para a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), firmado há mais de uma década e ainda não cumprido.
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“Recebemos a denúncia da Comissão da OAB/Barra com grande preocupação. Se as informações forem confirmadas, o cenário é extremamente grave e exige respostas imediatas do poder público. Nossa comissão está atenta e vai acompanhar de perto, inclusive avaliando visitas técnicas ao local”, afirmou o deputado.
Outro ponto de alerta diz respeito à ausência de licença do Corpo de Bombeiros, o que, segundo o documento, colocaria em risco a segurança dos animais e servidores da unidade.
O caso remete ainda ao episódio de 2021, quando a morte de centenas de animais no CETAS levou o Ministério Público Federal a ajuizar uma ação civil pública, que resultou em um acordo para reformas — até hoje não executado.
A Comissão da ALERJ agora aguarda resposta aos ofícios enviados e se compromete a acompanhar de perto a apuração dos fatos, articulando com os demais órgãos competentes. O objetivo é garantir transparência, soluções concretas e a devida atenção à proteção da fauna silvestre fluminense.
